Um dia

Eu tenho feito duas semanas caberem em uma para desfrutar de bons dias de folga sem ter que, obrigatoriamente, usufruir de um dos benefícios da minha área: trabalhar de qualquer lugar. O esforço, além de me proporcionar descanso de verdade, é porque terei uma semana apenas, serão minhas férias em 2015, ano que tem prometido ser corrido, mais do que os outros.

Não reclamo, agradeço por surgirem projetos que têm tudo a ver com o que quero para o meu projeto de vida. No entanto, eles têm chegado em meio ao que pouco faz sentido e este dever de deixar todas as tarefas cumpridas me levam a pensar muito sobre o que sempre quis e farei quando voltar. Eu acho que a alternativa será ser mais e ser menos, reduzir para ser ainda mais intensa ao que parece se encaixar direitinho no que gosto e acredito.

E diminuir neste caso não quer dizer trabalhar pouco. Quer dizer dar tudo que tenho de melhor, todo meu esforço por meu sonho.

Significa fazer menos coisas e fazer mais pelas coisas que me deixam feliz. Quer dizer que quando coloco a cabeça no travesseiro, penso: o dia foi grande, estou cansada, mas cansei por ter dedicado meu tempo ao que dá sentido ao trabalho, ao viver.

Sou daquelas que disse sims por falta de alternativa e outros porque a oportunidade sorria como boa, noutras porque queria mesmo. De uns tempos para cá comecei a traçar projetos com o que me move de verdade, faz o coração saltar. Preciso pegar o leme e conduzir mais meus rumos, sem, claro, deixar que os ventos soprem na melhor direção de vez em quando, o tempo suficiente para avaliar o que a maré trouxe e voltar a guiar-me. E só com alguns nãos conseguirei, caso contrário, mais um dia será só mais um dia que, graças a Deus, teve um fim.