Perfil colorido: Modinha, mobilização ou estratégia de Mark(eting)?
O Facebook nunca esteve tão colorido. Desde ontem vários arcos-íris tomaram conta das timelines por causa da liberação do casamento homoafetivo nos Estados Unidos. Muita gente amou e deixou o perfil colorido, outros, mesmo entre os apoiadores, ficaram com a visão embaralhada, se recusaram a mudar por considerar ser uma modinha, cansativa.
Eu prefiro chamar de estratégia de marketing ou de Mark, já que a rede social de Zuckerberg disponibilizou uma ferramenta para colorir o perfil em poucos cliques. Com isso, a turma vai ter mais um dado sobre o internauta, quem apóia a causa. Vale lembrar que a união entre homossexuais foi liberada em vários países e não repercutiu tanto. Tá certo que os Estados Unidos ainda são uma grande potência, tem maioria de protestantes no país, a ação lá realmente teria um peso grande mesmo, mas não sei se geraria o barulho que fez sem a estratégia colorida. Modinha? Sim, tornou-se, mas qual o objetivo da maioria das estratégias de marketing senão disseminar um comportamento ou produto?
O problema é que a repetição realmente cansa, salvo para quem arquitetou a estratégia viral. No início, se a causa ou produto promovido agradam é legal, depois perde um pouco o encanto. E na internet as pessoas facilmente saturam um assunto. Tem outra questão aí, atualmente, em um dia o assunto é novidade e fato histórico ao mesmo tempo. Foi o que aconteceu com “A bonita mais bonita da cidade”, eu compartilhei o clipe viral, depois, não aguentava mais ver o vídeo no mural, mesmo sem dar play, mesmo com a beleza da música e imagens.
Mas sabe o que realmente importa em tudo isso?
Não desprezar uma canção bonita ou reconhecer que a causa seja importante, independente de quantas vezes tenham se repetido. Isso modinha nenhuma pode apagar, enfraquecer. Quanto a colorir o perfil ou não, adere quem quer, porém ainda acho bem mais válido do que a disseminação de imagens como as do Cristiano Araújo ou qualquer outro conteúdo que seja vazio e sem cor nenhuma.