Meu doce cronograma louco
É um desafio dar conta do tempo. Ele parece fugir, ser sempre escasso… OKs em listas de tarefas, agendas sem furos, compromissos inadiáveis e imprevistos urgentes, tudo tem que caber nas 24 horas. Eu é que me dane, faça o dia valer, a noite, a madrugada, mesmo que precise encarar a manhã seguinte como uma zumbi! Daí ouço do meu pai: “Gente nova tem que trabalhar muito mesmo” e vejo que tenho sido jovem apenas no quesito trabalho que, por escolha, e graças a Deus, é também diversão, o que amo.
Quando comecei minha caminhada profissional, lá em Lagoa Santa, eu nem imaginava, porém, tinha diante de mim uma “Talita do futuro”, a Mari Pimenta, minha chefe. Lembro-me direitinho dela me falar que escolhia muito bem os programas, pois o tempo para passear era curto demais. Assim, ela teria que ser seletiva para não considerar que o tempo no show, bar ou viagem foi desperdiçado, que horas de sono contariam mais. Sou eu hoje, dá até vontade de ligar para a Mari em alguns momentos. Nela eu também via uma mistura entre trabalho e diversão, tudo faz parte da vida, né? Melhor misturar mesmo, não dividir. O problema é só quando a diversão em família ou com os amigos não pode acontecer para correr contra um prazo, o que estraga um pouco a diversão. Às vezes até quero ir demais em uma festa, entretanto sei que preciso é ficar quietinha para recuperar as forças que serão caras para os dias seguintes.
Eu também notava muitas qualidades na Mari de quem quer fazer acontecer e não sonhar apenas, que é o que venho tentando. Por isso, minha relação com o trabalho vai além do que eu sou “obrigada” a fazer porque acredito que só assim se constrói uma carreira, o que deixa meu cronograma ainda mais louco. Mantenho projetos pessoais, o Texto do Dia é um deles, e as ideias não param de borbulhar na minha cabeça. Como fazer para colocá-las em prática? Marcar um tempo de começar, para continuar vem a motivação de ter fé que cada etapa é um passo para concretizar os meus sonhos.
Meus sonhos deixam meu cronograma louco e também doce. Uma combinação que enlouquece, mas negativamente só às vezes. É uma loucura boa meu tempo!