Desgaste: cansaço triste
O desgaste emocional pesa a alma e o cérebro, mas por ser tão grande chega ao corpo. Ele dói, quer ficar prostado. Teimo em buscar descanso físico porque parece ou é uma parte do desgaste emocional, sei lá. Confundo tudo!
Acho que é de descanso físico que preciso. Aí eu tento dormir em todas as brechas. Tenho pesadelos e quando acordo continuo a viver um sonho ruim com o corpo mais pesado do que antes de me deitar. Passo maus bocados durante o dia quando encontro a realidade na primeira esquina do meu pensamento e culpo o pesadelo.
Saio para correr, quero caminhar de tanto que a cabeça me confunde. Insisto, corro uns dez minutos e me sinto melhor. Volto para casa, coloco uma série, faço um lanche. O desgaste continua, triste e teimoso. Ainda acho que estou é cansada.
Aspirina é água para dor de cabeça. Cerveja relaxa até a ressaca de realidade no dia seguinte. Nem lembro que sei algumas técnicas de meditação. A dor chega às articulações, a paciência fica menor e eu que tanto gosto de trabalhar espero o final de semana como quem vive para eles para tomar um porre de fantasia pra fugir de mim.
Corro dos meus tormentos, mas tudo que consigo é entrar em um labirinto. Fico a procura de um caminho para sair dessa minha confusão como se ignorasse que a alma e a mente só conseguem achar um descanso para o desgaste quando me encontro. E tem sido difícil. Pareço me perder diante dos desafios mesmo sabendo que é o único jeito de me achar, me encontrar melhor.
Certas situações sempre se repetem, é o que faz o desgaste aparecer. Talvez seja um motivo repetitivo porque ainda não aprendi como lidar com isso embora seja algo que volta e meia acontece. São pontos de evolução, crescer dói, cansa, desgasta, mas ao contrário do que poderia ser, sempre me deixa mais forte quando encontro repouso.