Abraço faz bem: a ciência diz e a gente sente
A gente começa a vida em um abraço. Uma criança no colo, envolta nos braços, está abraçada e assim vai de um lado para o outro durante meses. A gente se acostuma tanto com este aconchego que quando cresce se enlaça quando pode com quem ama. Um abraço é o carinho que aquece, a felicitação terna, o cumprimento afetuoso. Um abraço é o gesto no lugar da palavra quando nenhuma delas, em quaisquer línguas, consegue traduzir um sentimento.
Abraço é poesia e ciência, já que cientistas já explicaram porque o abraço é capaz de nos fazer tão bem. Segundo estudiosos, o abraço é uma das manifestações que podem emanar ressonância límbica, que são os sinais emocionais não verbais capazes de conectar os mamíferos. É o que somos capazes de ouvir e entender quando nenhuma palavra é dita em milésimos de segundo. De acordo com os cientistas, esta mágica conexão começa nos primeiros minutos de vida, é o que torna a sobrevida possível e a convivência fraterna anos depois. É um instinto, dos mais dos mais bonitos, desdobrado em sensações físicas. Para a ciência, por exemplo, a paixão a primeira vista existe e por causa da ressonância límbica, quando um lê no outro tudo que quer para a vida. Frio na barriga, coração acelerada, efeitos colaterais da ressonância em busca de um abraço e de um beijo.
Até um beijo começa com um abraço. Beijo sem abraço é distante, por obrigação, formalidade. Beijo intenso não, precisa de um abraço, dos fortes, para acontecer.
O abraço é tão importante que tem um dia só para lembrar da importância dele. E hoje, ao parar um pouco para pensar nas pessoas que eu gostaria de abraçar, descobri que sem ele a vida é bem mais difícil, por questões sentimentos e até de sobrevivência. Abraço faz bem, é o que a ciência diz e eu sinto.