A poderosa mão do destino
A gente acha que nada de mal vai acontecer a pessoas boas até que uma fatalidade toma conta da vida dela. Pede em todas as orações que todo mal seja afastado e considera injustiça quando uma alma boa é atingida por um acontecimento ruim. Também acredita que sempre é o outro que terá uma doença rara, morrerá jovem ou perderá os seus prematuramente. Daí se pergunta: por que com ele que era tão bom? Por que comigo que faço de tudo para as coisas darem certo? A resposta é simples, somos humanos, sujeitos a mão pesada do que há de ser.
Tá bom, ficar com a expectativa de uma tragédia a qualquer momento é fatal e tira a alegria, porém, ter a certeza de que “viver é muito perigoso”, como bem disse Guimarães Rosa, e que ninguém escapa das leis do universo nos coloca no lugar, no meio de toda humanidade. Seres humanos que somos podemos até ser diferentes aos olhos de alguns homens pelo que temos, mas ninguém está livre do fatal e é igual diante da mão do destino ou de Deus.
A gente é responsável por vários acontecimentos, tem poder de mudar algumas situações, porém é de frente com o imutável, que não depende nada das minhas ações, que evoluo ainda mais. Claro que há crescimento na alegria também, graças, ao contrário do que muitos dizem por aí. Só que aprender a sobreviver ao que não posso mudar talvez seja a maior habilidade que um homem possa desenvolver. Ah, quando algo dá errado e só depende de mim é fácil.
Vou lá, coloco fé e espero para ver o resultado, nem sempre sai do jeito que espero, mas ser passível de mudança já me deixa feliz, traz alívio. Quero ver é dar conta da vida quando não há o que fazer a não ser ficar sereno, procurar a paz quando tudo é guerra. É difícil, mas extremamente libertador quando conseguimos. É uma questão de sobrevivência. Ninguém está blindado do mal e encontrar o bem que vem de dentro em qualquer ocasião é prática dos sábios. E tem uma oração que decorei e sempre releio quando os dias estão pesados demais para que eu possa ter força e sabedoria para me superar. Já a encontrei em vários escritórios e os mais críticos podem dizer que é clichê, senso comum, eu já acredito que podem ser palavras simples, mas difíceis de serem colocadas em prática, por isso deve ser repetida e sobretudo praticada sempre.