A história por trás da minha primeira doação de sangue
Por trás de cada pessoa que espera uma doação de sangue não existe alguém que pode morrer, o que existe é alguém que deseja muito continuar a viver. Existe alguém que quer brincar com os filhos, vê-los crescer, que deseja ver o sorriso de quem ama por mais tempo, que precisa aprender, ensinar, andar de mãos dadas com a saúde e a felicidade novamente… Aprendi isso na minha primeira doação de sangue, apesar de já saber da importância da doação.
Eu não conhecia quem seria o beneficiado com o meu sangue, só o nome, sobrenome e que era parente de uma amiga minha. Mas depois de doar descobri que a pessoa em questão tinha um filho, único, pequeno, lindo, uma mulher e a vida inteira de sorrisos, sonhos e descobertas pela frente. Me envolvi tanto com a história que até hoje acompanho o Pedro, o garotinho que hoje tem o pai em casa. Sinto-me muito feliz de saber que hoje ele e o pai estão bem depois de uma batalha e tanto pela vida.
Porém, a doação é bem maior. Sei que além do pai do Pedro eu ajudei mais três pessoas, anônimas, mas, certamente, com ótimas razões para continuarem vivas também, desconheço-as, não sei o que que fazem agora, porém tenho certeza de que são histórias que merecem ser vividas.
Além disso, poder doar sangue é um presente, sinal de saúde perfeita, já que as exigências são muitas. Acredito que todo ser humano deveria se informar sobre essas condições e se possível doar, não dói, não custa nada, mas vale muito para quem precisa!
Apesar da vontade que eu tinha de ser doadora, só transformei esse desejo em prática há cerca de 6 anos. No entanto, já coloquei na minha agenda de deveres como cidadã doar sangue sempre, até quando minha saúde permitir.
Minha próxima doação? Nos próximos dias para que outras pessoas possam lutar pela vida, pois doar sangue é dar passos junto com quem precisa.
Obs: texto escrito quando doei sangue pela primeira vez e adaptado especialmente para o dia do doador de sangue, o que me tornei desde então