The book is on the table na Bahia
Sempre gostei das palavras. Elas são diversão, trabalho e necessidade para mim. E mesmo com a proximidade delas, em algumas situações elas fugiram. O que é totalmente normal, quem nunca ficou sem saber o que dizer? Em inglês é pior ainda. Mesmo sem a fluência, a coragem sempre foi suficiente para eu conseguir falar com quem não é do meu país.
E em uma dessas eu usei a clássica “the book is on the table”. Culpa das minhas companheiras de viagem, Rachel e Liseanne. Eu comprei um livro enquanto passava férias em Itacaré na Bahia. E elas, muito zoeiras, esconderam-no de mim logo depois. Isso logo depois de eu tê-lo comprado. Fomos a uma pizzaria e achei que ele tinha ficado por lá. Voltei imediatamente, pois não admitia perder assim, meia hora depois da compra.
Fui sozinha e logo vi uma família de gringos na mesa antes ocupada por nós. Para reaver meu livro, falei o inglês mais tabajara do mundo.
– The is on the table or not?
Nem me lembro da resposta em detalhes mais. Sei que conclui que não era lá que o livro estava.
Quando encontrei as meninas novamente me perguntaram o que tinha acontecido e contei. Descobri que não precisava de nada daquilo. As duas esconderam-no de mim o tempo todo.
Mas neste dia eu descobri que assim como as palavras fogem, algumas que nunca pensei em usar saem, principalmente na hora do desespero.
Pérolas da Talita! Kkkkk