18 coisas que quem morou em Ibitira de 90 a 2000 vai se lembrar (e sorrir)

18 coisas que quem morou em Ibitira de 90 a 2000 vai se lembrar (e sorrir)

Este é um post inspirado em vários existentes na internet, pois Ibitira teve e tem muitas peculiaridades. Tantas que até dividi o texto em categorias. Como me mudei de lá com 15 anos, em 2002, a lista vai ser de lembranças, entre 1990 e início do século XXI. Depois vou atualizá-la com tópicos atuais com ajuda de quem continua por lá. Então, vamos lá – coisas que só quem morou em Ibitira nesse período vai se lembrar.

Gastronomia de Ibitira

1. Pão com salame e Pon Chic do Zé Raimundo: esse era de longe o lanche mais tradicional, e gostoso, de Ibitira.

2. O sorvete da Sãozinha fazia o maior sucesso. Dizem que o mais gostoso era o de creme de ovos, mas eu preferia tudo que vinha com chocolate.

3. O sanduíche do trailler também era uma boa pedida na minha época. Confesso que gosto bem mais do que de Mac Donalds ou Bob’s

Sobre a Escola Estadual Padre Nonô:

4. Excursão para a Turma: sim, para a é não com a turma, pois é um lugar onde a dona Marlene nos levava para estudar o cerrado. No final, a turma da escola finalizava o passeio com um banho em um córrego com o fundo de argila e chegava em casa toda suja, rs.

5. Excursão para a gruta da Lapinha: era outro passeio certo para estudar cavernas, no vilarejo de Logradouro. Depois de ver de perto estalactites e estalagmites, tinha espaço para lanches e havia uma fazenda antiga também, muito bonita.

6. Excursão para a CAF: fazia parte de um projeto socioambiental da empresa, hoje extinta, pois foi comprada pela Acelor Mital. O passeio acontecia na sexta série se não me engano. Conhecíamos mais sobre o cerrado.

7. Ita, dona Marlene, Elieme, dona Marina, Maura Adriana, Maria Alice, Wilson, dona Rosângela e dona Geralda: provavelmente eu esqueci algum nome, mas eles simbolizam o quadro de professores que era quase fixo, pois a cidade é pequena e normalmente eles passavam anos conosco. Era bom pela continuidade do que era ensinado no ano anterior e porque conheciam cada um muito bem.

8. Desfiles e apresentações: os alunos da escola ensaiavam com um mês de antecedência ou mais para desfilar no sete de setembro. Eram muitos os personagens históricos que interpretávamos, assim, as mães providenciavam vestes de índio, Tiradentes ou amarelinhas, que representavam a estação Primavera. Também eram levados muito a sério os ensaios para fazer bonito nos dia dos Pais e das Mães. Colocavam-nos no pátio e haja cantoria e jogral.

Telefonia:

9. Posto telefônico: a Zirley Pimentel era a telefonista. Havia uma cabine na sub-prefeitura, aquela casinha que fica na praça,  privativa para que pudéssemos falar a vontade. Era cobrada uma taxa por minuto.

10. Orelhão, a evolução: telefone demorou a chegar às casas de Ibitira. Por isso, quando o orelhão chegou ele substituiu o posto telefônico. O esquema era o seguinte – a pessoa ligava, quem atendesse ia até o destinatário para dizer em quanto tempo ele devia estar lá para atender a ligação.

11. Buscar sinal de celular no banquinho da praça ou na frente da igreja: o celular chegou em Ibitira, mas o sinal demorou algum tempo, acho que tem menos de um ano e não é lá essas coisas ainda. Assim, para falar era preciso ir para a frente da igreja antiga ou sentar-se em um banquinho específico da praça. Já contei uns dez por lá.

Lazer

12. Comício com a Banda Santa Nova: outras bandas também se apresentavam, mas o conjunto fazia cover dos Mamonas Assassinas, sensação da época, por isso eram os mais esperados.

13. Passeio na praça depois da aula ou missa: a pracinha era o ponto de encontro principal, ficava cheia principalmente depois da aula e missa. Durante a semana o look principal da galera era o uniforme da Escola Estadual Padre Nonô.

14. Festas de barraquinha: ah, como eram boas. Havia a festa de maio e a de setembro. De junho também? Lembro-me que era certo da cidade ficar agitada, até caravanas chegavam em Ibitira para aproveitar a festa. Além de shows, muitos deles com o Trio Som Brasil,  a banda de música, a Lira Santa Cecília tocava nos momentos religiosos e na alvorada, com o amanhecer do dia.

15. Confraria: a história da casa de shows na beira da rodovia pode ser dividida em três fases – época dos shows e festas/prática de esportes nas quadras de futsal e de vôlei; missas do Padre Amazino – que acontecem até hoje. Na fase dos esportes era excelente, bastava uma turma disposta para gastar umas horas na quadra de vôlei para ser feliz no final de semana. Eu era péssima, mas ninguém ficava de fora por isso, bastava ter vontade de se divertir. As festas na Confraria também eram boas, acho que o problema foi ter demais, quase todo final de semana.

16. Jogos no campo de cima e de baixo: eram muito aguardados os jogos de Kosmo e Ibitira Atlético Clube, já até contei aqui como os jogos de futebol mexiam com os fins de semana dos ibitirenses. Era um futebol amador valorizado como profissional, até atleta de fora era “contratado” (saiba mais).

17. Mergulho no Açude: água verdinha e uma altura desafiadora para pular de finquete. É lá que muitos se refrescavam ou iam só olhar mesmo. Acho que até hoje o pessoal frequenta o açude.

Transporte

18. Meios de transporte predominantes: acho que é assim ainda. Para deslocar-se dentro da cidade, disposição para caminhar basta, mas é comum o uso da bicicleta também, costumo dizer que em cada casa tem pelo menos uma. Para ir à Martinho Campos e outros distritos, os ibitirenses sempre contaram com o Sarandi. O bom é que como todo mundo se conhece dá para colocar o papo em dia no trajeto, que costuma demorar um pouco mais do que dos outros, o Sertaneja e Santa Maria, que nos levam até mais longe, entretanto atendem quem quer ir de Ibitira para Martinho Campos.

Escritor por Talita Camargos Veja todos os textos deste autor →

Talita Camargos é jornalista e flerta com a literatura, procura inspiração em conversas de ônibus, flores, familiares e amigos. Idealizou o Texto do Dia e publicou nos 365 dias de 2015 neste blog como desafio pessoal.

Oi, o que achou do texto de hoje?

Você tem 11 comentários
  1. nataly at 2:17

    Que nostalgia!!!!
    Jamais passei perto da sua cidade, mas ao ler e como se tivesse vivido uma vida lá, essas lembranças nos levam de volta aos pequenos detalhes das pequenas cidades, pessoas, praças, sabores, cheiros… isso simplesmente não tem preço por um segundo me senti uma conterrânea.
    Um abraço.

  2. Neusinha at 3:43

    Talita, lendo sua postagem eu fiquei lembrando da nossa turma. Os apelidos eram os melhores.
    Patrola, Cecê, Cuador, Toba, Preguim, entre outros que não me lembro.kkk

  3. Neusinha at 13:52

    Oi Talita, vou bem graças a Deus, e você?
    Era eu. Ai ai, como eu sofri com esse apelido..rs
    Como é a vida, né? Os anos passam mas as boas lembranças sempre permanecem.
    Parabéns pelas postagens, amei. Bjusss!

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