A reza

A reza

Após alguns dias com ela, ele disse que havia esquecido de suas preces diárias.

– Vou rezar, tenho me esquecido desde que cheguei aqui, disse ele.

Ela, que há anos raramente se lembrava de pedir a Deus proteção e de agradecê-lo, concordou e o observou, achou bonito. Curiosa como ninguém, perguntou:

– Por quem você reza?

– Por minha família e agora por você, respondeu ele.

– Ah, é? E quais são os seus pedidos?, indagou.

– Agradeço e peço que eu, você e todos da minha família sejamos felizes até o último dia de nossas vidas, disse sinceramente.

Ela não conseguiu falar nada, mas entendeu que felicidade é mesmo algo indefinido, que por vezes ela mesma não sabia o que faria a própria vida mais feliz. Lembrou-se de rezar mais vezes e fazia sempre o mesmo pedido. Deixava, então, que a prece ajudasse a trazer o que era felicidade para ela.

Sobre o texto

Publicado originalmente no meu primeiro blog. Neste primeiro dia estou postando os mais lidos, este foi o segundo, desconsiderando os textos de portifólio.

Escritor por Talita Camargos Veja todos os textos deste autor →

Talita Camargos é jornalista e flerta com a literatura, procura inspiração em conversas de ônibus, flores, familiares e amigos. Idealizou o Texto do Dia e publicou nos 365 dias de 2015 neste blog como desafio pessoal.

Oi, o que achou do texto de hoje?

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