Melhor pessoa?

Melhor pessoa?

A melhor pessoa é quem me transforma, me faz sorrir quando estou com ela, quem me faz sentir leve. A melhor pessoa acontece no encontro, na convivência ou até em um contato de fã. É a melhor pra mim e pode ser vilã pra outro. Pode ser famoso, porque tem uma filosofia bonita, uma música foda ou anônimo – daqueles que fazem maluquice junto e fica tudo ótimo. Ou conversa sério e abre um horizonte de possibilidades, soluções ou novos sonhos. Pode ainda ser aquela pessoa que vejo e a prosa vai longe, mesmo que os assuntos sejam os mesmos toda vez.

Mas de uma coisa tenho certeza: a melhor pessoa não é unânime. Nem a Ivete ou o papa Francisco que pra mim são “melhor pessoa” em várias situações. Posso sentir antipatia a primeira vista pelo queridinho da maioria. E tem aquelas pessoas difíceis com as quais não consigo viver sem e perguntam: “como é que você consegue suportar?”. Eu até entendo porque alguns são mal vistos e nem por isso deixo de amá-los. Porém, acho que um pessoa boa é aquela que consegue me transformar em alguém melhor ou mais feliz quando estou do lado dela, não importa o que a maioria diga.

De que adianta ser “melhor pessoa” para a maioria e quando nos encontrarmos ser ruim, me entediar?  E existem mal humorados que se tornam palhaços com certas pessoas. E vice-versa, infelizmente. Quem é só sorriso fica triste na companhia de certas pessoas.

Quem é melhor ou pior pessoa pra todo mundo não importa tanto. Importa é eu me encontrar com quem vai fazer eu ser feliz à toa ou a dor ficar menos intensa. Importa é saber quem consegue me fazer feliz por nada, fazer a besteira serem os momentos mais lembrados durante a vida inteira, porque, fala a verdade, melhor pessoa sempre faz molecagem.

Escritor por Talita Camargos Veja todos os textos deste autor →

Talita Camargos é jornalista e flerta com a literatura, procura inspiração em conversas de ônibus, flores, familiares e amigos. Idealizou o Texto do Dia e publicou nos 365 dias de 2015 neste blog como desafio pessoal.

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