Livro: Violetas na janela

Livro: Violetas na janela

Sempre fui bastante curiosa com livros, já pelo menos tentei ler obras de todos os gêneros. Li Violetas na Janela, um livro espírita, quando era adolescente ainda. Na época, eu não tinha perdido ninguém. Assim, foi uma leitura realizada mais por curiosidade mesmo. Gostei muito, pois me permitiu ver como os espíritas entendem a morte, e principalmente, o pós-morte. Normalmente, as pessoas o leem quando estão de luto, é um dos primeiros segundo meus amigos espíritas, provavelmente por causa da leveza.

Acredito que outro ponto que colaborou para eu gostar da história é que Patrícia, a personagem, não passou pelo sofrimento do Umbral, como se fosse uma preparação para chegar ao lugar mais elevado do plano espiritual, onde os espíritos sofrem muito. No caso dela, a menina foi direto para a colônia São Sebastião. Assim, as imagens descritas são de um paraíso espiritual, bonito e com muitas oportunidades de evoluir de forma menos dolorosa, já que todas as etapas trazem aprendizado.

Na história, ela desencarna de maneira muito rápida, por causa de um aneurisma, e não entende muito bem onde está quando “acorda”. Com o passar do tempo, ela entende que os flashes de pessoas chorando são os parentes que se despediam-se dela velório. Rapidamente ela é amparada por Maurício, amigo do pai dela, porém desconhecido, e pela avó que já havia deixado a terra há um tempo. Ela pensa sentir fome e tem “necessidade de tomar banho”, que são dispensáveis quando a pessoa desencarna, mas que o espírito pensa precisar até se adaptar.

Eu não li a continuidade de Patrícia no mundo espiritual, há mais três livros. Pretendo ler porque acredito no que o espiritismo diz e ler diferentes explicações para a vida e para a morte me ajudam muito a lidar com essas questões que tanto me afligem. Em breve quero ler os outros três: “Vivendo no mundo dos espíritos”; “A casa do escritor” e “O voo da gaivota”. Recomendo a leitura de Violetas na Janela, para quem acredita ou não, pelo menos para conhecer a visão espírita, vale a pena.

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Talita Camargos é jornalista e flerta com a literatura, procura inspiração em conversas de ônibus, flores, familiares e amigos. Idealizou o Texto do Dia e publicou nos 365 dias de 2015 neste blog como desafio pessoal.

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