Futebol: o ladrão não é só o juiz mais

Ladrão, um termo cada vez mais comum no futebol, pena que em um contexto bem pior atualmente. Tenho saudades da época que o esporte não ocupava as páginas políticas e policiais. Bom era quando gols de placa, dribles e até os lances duvidosos faziam parte da notícia e discussões.

Às vezes eu tinha pena da mãe do juíz, porque o lance era difícil, noutras do time, quando era praticamente impossível não marcar a falta ou anular o gol. Agora só me resta a indignação de a robalheira ter ultrapassado as quatro linhas do gramado. Diante desta situação só me resta pensar que é para desistir mesmo, ou melhor, guardar o apreço pelo futebol regional, que vai melhor do que o da Seleção Brasileira, diga-se de passagem.

Eu me lembro de um amigo repudiar meu gosto pelo futebol, de falar que eu devia era discutir política e os problemas do mundo. Pronto, feito! O futebol tornou-se um problema político mundial, de uma vez só. Mas tenho certeza que ele não está feliz, não tem nem como. Eu enxergavava o esporte pelo lado social, que podia evitar que um monte de gente seguisse pelo caminho errado; ele como o ópio do povo. Tenho certeza que ele continua com o mesmo pensamento, eu também. Só que os grandões, que apitam mais que os juízes, podem transformar tudo em lixo.

Não vou dizer que era inimaginável, qualquer estrutura que gere poder e dinheiro, é corruptível. Só que eu não queria, isto é inegável. Queria continuar a ver o futebol com olhos de quem se maravilha e enxerga nos passes mais que beleza, porém um caminho possível e promissor.

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Talita Camargos é jornalista e flerta com a literatura, procura inspiração em conversas de ônibus, flores, familiares e amigos. Idealizou o Texto do Dia e publicou nos 365 dias de 2015 neste blog como desafio pessoal.

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