Corrida de táxi maluca em Belo Horizonte

Corrida de táxi maluca em Belo Horizonte

Não há tecnologia capaz de melhorar ninguém. Chamei um taxista por um aplicativo neste final de semana em Belo Horizonte, para ir a uma festa de formatura. Em quatro minutos ele chegou e em uns dez eu chegaria ao salão, mas a corrida não foi bem como eu esperava…

Cheguei rapidinho a uma casa na orla da Lagoa da Pampulha mesmo, isso depois de o taxista passar por cima do canteiro central. Antes, começou com uma história de que os números na Otacílio Negrão de Lima eram confusos e que o GPS nem sempre acertava. Aí, ele teve a brilhante ideia de perguntar a um colega onde era o local. Deixou-me com meu marido na porta. Eu disse ao segurança que minha amiga havia deixado os convites lá e ele liberou a entrada. Eu só fui saber que era penetra quando um bêbado me cumprimentou:

— Boa noite, vocês estão chegando agora? Os NOIVOS ainda estão por aí.

Ainda bem que estávamos na parte aberta e nem entramos no salão. O mais impressionante: meu marido viu convidados de Martinho Campos na festa, mas eles não nos viram, acho. O casamento era de gente da igreja que minha irmã frequenta, por incrível que pareça.

Demos meia volta e esperamos outro táxi. Acredito que o segurança liberou nossa entrada porque a festa estava no fim e aos moldes do que acontece em alguns eventos, o acesso estava livre por causa do adiantar da hora.

Ainda bem que estávamos próximos do salão, isto não foi um grande problema. O que preocupou-me foi a falta de bom senso do taxista, munido de todas as tecnologias e de pouca racionalidade, gentileza. Não sei o que o levou a agir assim, se tinha algo marcado, por exemplo, mas acho inadimissível escolher transportar as pessoas como trabalho e proporcionar uma experiência assim.

O pior é que normalmente adoro taxistas, a maioria é agradável, eles me brindam com histórias e comentários engraçados. Só que como tudo, em nenhum grupo cabe generalização.

O jeito foi pedir o próximo táxi com um motorista mais prudente, que nos tratou bem e deixou no lugar certo. Usou bem a tecnologia – confiou nas orientações do GPS – e o bom senso – andou dentro dos limites de velocidade. Nada diferente do que todos deveriam fazer.

Escritor por Talita Camargos Veja todos os textos deste autor →

Talita Camargos é jornalista e flerta com a literatura, procura inspiração em conversas de ônibus, flores, familiares e amigos. Idealizou o Texto do Dia e publicou nos 365 dias de 2015 neste blog como desafio pessoal.

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Você tem 3 comentários
  1. Carolina Mello at 1:49

    Ah eu tb tenho muitas historias de corridas com taxistas malucos, a maiioria fica dando voltas ate chegar no lugar e as vezes ainda se perde, ou de proposito, ja vi taxista bebado e também aqueles que ficam me cantando… dificil viu… agora eu peguei o cartao de alguns que gostei e só chamo eles rsrs bjos

  2. allenylsonferreira at 15:30

    Nossa… Que constrangimento! Em todo lugar existe sempre aqueles malucos, espero que você tenha anotado o nome dele pra não correr o risco de pegar uma corrida com ele novamente. Beijos!

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