Amor e amar de todas as formas

Jesus veio à Terra e resumiu em um só mandamento os dez gravados na Torá: “Amai ao próximo como a si mesmo”. Esta é a bonita interpretação que escuto de muitos evangélicos. Peraí, este texto está longe ser uma pregação, garanto que não é careta, pode acabar de ler. Até porque eu não faço parte de nenhuma igreja e também vejo o amor como norte para qualquer ser humano, seja homem de fé ou ateu.

E para quem é Cristão, a vida ficou mais complicada depois do que o Nazareno disse. Antes era possível dizer que cumpria uns 7, 8 mandamentos e que o deslize nos outros seriam facilmente perdoados. Afinal, de que valiam diante de outros tantos cumpridos? Depois da lição, apesar de ser só um, o mandamento ficou grande, imenso, infinito…

Amor é palavra gasta e vasta. Amor tem muitas formas. Amo em um segundo, quando vejo um desconhecido e estendo a mão, seja com informação sobre onde fica uma rua ou para atravessar. Amo quando dou o meu lugar no ônibus, depois de um dia inteiro de cansaço. Amo quando movo o mundo para ajudar a resolver um problema cabeludo. Amo porque nasci na família, tornei-me amiga, mulher ou colega de trabalho.

Há menino que ama menino e menina que ama menina. E eu os amo quando respeito, afinal tem muito relacionamento entre homem e mulher carente do amor e companheirismo existentes em muitos casais gays. O que faz dos héteros ou homos melhores ou não é o caráter, a forma de tratar o próximo e não com qual sexo ele escolheu se relacionar.

Amor ao próximo  é deveras difícil, fazer o melhor ao outro nem sempre é como pensam. Não é amor deixar o próximo tirar vantagem de tudo, aproveitar-se. Educar, mostrar o caminho certo com um basta também é uma forma de amar. Se eu permitir causarei um mal, um comportamento prejudicial uma vez aceito torna-se cada vez mais comum.

Eu nem sempre consigo “Amar ao próximo”, mas acredito que tentar já me ajuda a evoluir nesta estrada.