Coincidência?

Coincidência?

Coincidência acontece no nada. Encontros e desencontros que me levam a descobertas ou acontecimentos que parecem se encaixar no acaso. E por isso, comecei a ficar encafifada. As coincidências com as quais eu me deparo raramente são aquelas que arrancam de mim um sorriso com a exclamação “que coincidência!” e só. Pareciam mais ser peças pelas quais eu procurava para entender algo ou um pedaço do caminho rumo ao sonho.

Assim, as tais coincidências tinham mais a ver com meus desejos e descobertas necessárias do que com o nada, convergiam para o que eu sempre desejava mesmo que secretamente. E de coincidência em coincidência eu chegava onde queria ou precisava.

Tudo convergia para o que havia de ser com toda a força dos sonhos ou do que a vida queria me dizer. Como uma força da qual eu não conseguia escapar, com o arrombo do que há de ser.  

Há um tempo eu recuso chamar o que comumente se chama de coincidência como tal. Pra mim é tudo CONVERGÊNCIA. E não é uma convergência do nada, que se forja no acaso. É uma convergência sonhada, procurada. Que nasce de um desejo forte e não do nada. E de ações também, vou a lugares que têm a ver com o que quero, faço coisas totalmente amparadas com meus desejos. Daí fica fácil que as convergências comecem a acontecer.

Existe também aquela convergência que vem de algo além. São fatos ligados a descobertas que eu preciso saber. E sucessivamente encontros, leituras, cores se conectam, trazem algo que eu não propriamente desejei, mas que eu precisava mesmo sem desejar. São recados da vida, de Deus ou do Universo, como queira chamar, sobre o que preciso ver. E de tantas convergências, nem questiono se aquilo é obra do acaso, tenho certeza que não.

Por isso recuso a ideia de coincidência, obra do nada, do acaso. É convergência, sempre em direção ao que há de ser ou ao que sonho, mesmo que secretamente. E tenho sido cada vez mais abençoada pelas convergências. Por isso, meus olhos ficam atentos ao caminho, com certeza vai enxergar o que o coração quer ou precisa.    

Escritor por Talita Camargos Veja todos os textos deste autor →

Talita Camargos é jornalista e flerta com a literatura, procura inspiração em conversas de ônibus, flores, familiares e amigos. Idealizou o Texto do Dia e publicou nos 365 dias de 2015 neste blog como desafio pessoal.

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